quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Quadrinhos Independentes 158 - Edgard Guimarães


Quadrinhos Independentes 158 + Encarte
Edgard Guimarães

Mais uma edição do QI chegando e trazendo o já tradicional encarte, desta vez Edgard nos brinda com o “Voos n’ O Tico Tico”, dedicado aos amigos virtuais Toni Rodrigues, Ota Assunção, Quim Trussel, André Lopez, Lancelott Martins e Edgard Guimarães. O artigo é do amigo Francisco Dourado e vem com histórias de Ângelo Agostini. Além do tradicional fórum com opiniões e conversas de leitores, o QI agora vem com algumas HQs interessantes e colaboradores pontuais. Como sempre, vale muito a leitura e faço coro com os amigos que consideram esta uma das publicações mais importantes e periódicas que temos em atividade. Edgard mostra toda sua versatilidade em produzir o informativo e mantê-lo vivo ainda hoje. Pedidos através do e-mail:
edgard.faria.guimaraes@gmail.com ou PDF no site: www.marcadefantasia.com.

Carrapato e Carrapato Estágio 2 - Tony Brandão e Júnior Cortizo


Carrapato e Carrapato Estágio 2
Tony Brandão e Júnior Cortizo

Duas belas revistas produzidas por Tony Brandão e Júnior Cortizo, com pitadas de aventura e batalha contra uma espécie de “vírus”, desenvolvida com o objetivo de dominação. Belas ilustrações e arte de primeira, Aline, Perseu e a Tribo promovem muita ação, luta e aventura. No meu modo de ver, Aline é a grande estrela das edições, a típica mulher brasileira, cheia de charme e sensualidade. Acredito que seu criador poderá desenvolver e muito a personagem, tem muito potencial pela liderança que demonstra e por ser destemida, enfrentando o perigo de frente, seja ele a ameaça que for. Além de tudo, uma personagem superinteligente. Mas a revista toda está muito boa, tem ação na medida certa e a ameaça contra a qual os heróis lutam tem todos os ingredientes de uma continuação. Avante, meus amigos, que venham outras aventuras e outras revistas com a mesma qualidade ou até melhor. Pedidos através do Facebook do Tony ou do Júnior.

ENTREVISTA COM ZILSON COSTA - MÚLTIPLO # 37

Entrevista com Zilson Costa

Qual seu nome completo, idade, onde reside hoje e local de nascimento?
Zilson Santos da Costa, 38, desde sempre resido em São Luís, local onde nasci.

Como entrou no mundo dos quadrinhos?
Em 1996 conheci o grande ícone Joacy Jamis e outros grandes artistas como Ronilson e Rom Freire, Beto Nicácio e Tony Machado em um curso de desenho em São Luís. Com Joacy aprendi que eu podia fazer quadrinhos e desde então não parei mais. Nessa época, Tony Machado, Bruno Azevedo, Ricardo Pontes, eu e mais um monte de caras talentosos, fundamos o grupo fator RHQ.

Atua em qual gênero? Tem alguma preferência?
Atualmente, trabalho mais com super-heróis, que é o meu gênero preferido. Mas já trabalhei com terror, infantil, ilustração e o que mais chegava de trabalho. Assim faço até hoje, como profissional.

Vive de quadrinhos ou tem outra profissão?
Tenho formação acadêmica em artes plásticas pela Universidade Federal do Maranhão. Sou professor de arte para as séries finais do ensino fundamental nas redes municipais de São Luís e São José de Ribamar, além de trabalhar com quadrinhos e música.

Trabalha sozinho ou em parceria? Já teve alguma parceria importante?
Na maior parte do tempo, trabalho em parceria com os roteiristas que me contratam, tanto no Brasil quanto nos EUA. Uma parceria de sucesso que mantenho há tempos com um grande amigo e artista é o Sullivan Suád. Já produzimos muita coisa juntos, sendo ele o desenhista e eu atuando como arte-finalista. Um cara muito gente fina e em quem se pode confiar. Leva o profissionalismo a sério e nos damos muito bem.
Qual (is) personagem (ns) criou e qual o mais importante para você?
Meu personagem mais querido é o Homem-Caveira, que criei em 1995, quando cursava a oitava série. No universo desse personagem, criei vários outros como o Homem-Poodle, Homem-sapo, Homem-pedra, Raio, as garotas Estrela Ponto Com, Garota Maravilhosa, Garota Furacão...todos são uma brincadeira com o universo dos super-heróis.

Sei que você faz trabalhos para o exterior. Para qual estúdio você desenha?
Atualmente, não sou agenciado por nenhum estúdio. Consigo meus trabalhos por meio de contatos que fiz no exterior. Tudo na base dos contatos mesmo. Minha experiência com agências não foi muito positiva.

Acha que o retorno compensa? O que curte mais fazer nesses trabalhos freelancer?
O retorno vem, o importante é nunca desistir. É trabalho duro mesmo, mas faz parte e ter um nome lá fora é importante. Compensa no sentido de que somos pagos para fazer algo que amamos e ter seu nome em uma revista é muito gratificante. A parte financeira também é boa. O mais legal de trabalhar como freelancer é não ter medo de encarar desafios.

Onde publicou seus primeiros trabalhos?
No Brasil, meus primeiros trabalhos foram na revista Área de Mancha, ao primeiro trabalho do grupo Fator RHQ, em 1998. Nos EUA, foi uma HQ de uma página para a editora GrayHaven, em 2012.

Demora muito para produzir?
No meu caso, demoro mais por conta dos meus dois empregos. Mas dependo muito do prazo que o editor coloca e do retorno do mesmo. Tudo aprovado, seguimos em frente. No entanto, o mais demorado para mim é o lápis, a parte da criação mesmo. Nas inks, sou bem mais rápido. Mas é algo relativo mesmo

Dos trabalhos que fez, qual trouxe mais realização pessoal?
A edição “A origem de Chain Reaction”, pela Argo Comics, dos EUA, foi a que achei que ficou mais bonita. E a HQ “Filhos do Apocalipse” foi a mais divertida e que mais gostei de fazer. Achei o resultado muito bacana. E olha que eu nunca tinha desenhado uma HQ de zumbis.

Como você se vê no mundo dos quadrinhos? E como percebe os olhares para seu trabalho?
Me acho somente um artista que não desiste diante das dificuldades e só quero continuar trabalhando, independente da reação das pessoas. É algo que faço com paixão e acho que isso reflete no meu trabalho. Tenho recebido algumas opiniões muito boas a respeito de meu trabalho e isso só me faz querer melhorar a cada nova produção.

Em quais editoras publicou seus trabalhos?
Argo Comics, Grayhaven, Isle Squared comics, publiquei em sites, autores independentes no Brasil e EUA...

Quais as características do seu trabalho? Para maiores ou também para o público infantil?
Meu trabalho é essencialmente infanto-juvenil. É o que gosto de fazer, realmente. Não renego trabalhos, pois já fiz HQs pornôs para sites no exterior. Mas o que realmente gosto é essa área dos super-heróis e da diversão pura. Isso pode ser conferido em meu trabalho com o Homem-Caveira.

Mudaria alguma coisa na sua trajetória?
Acredito que não. É sempre continuar em frente.

Algo mais que gostaria de nos contar?
Também sou músico, canto e toco guitarra na minha banda de Heavy Metal, a Evil Machines. Unindo o trabalho com a música e os quadrinhos, produzi uma HQ com o universo dominado pelas máquinas, retratado em nossas canções. Nada inédito, mas é bem divertido.

Como vê os crossovers nos quadrinhos?
Acredito que é algo importante, principalmente no Brasil. Essa é a ideia que desenvolvo com o Agenor Soriano, um grande amigo e artista. Produzimos juntos e convidamos outros artistas para unir seus personagens aos nossos. A união dos autores é algo de extrema importância. Nada de panelinhas.

Vê hoje o quadrinho nacional melhor ou pior? E a qualidade do material disponível?
Hoje é melhor do que há 10 anos, tanto em quantidade quanto em qualidade. Só me incomodo com os preços. Mas isso não se aplica somente ao material nacional. O mainstream também é muito caro e isso reduz o público de HQs ao mesmo de sempre. As novas gerações saem prejudicadas.

O que precisa ser feito para que nossos quadrinhos alcancem o grande público?
O que ainda falta mesmo na área, entre os autores brasileiros é mais profissionalismo e contato com o que vende. Não adianta fazer um trabalho que só o autor ou um pequeno nicho entende. Se quisermos crescer, temos que aprender a entender o que o público realmente quer. Quem desvendou esse mistério foi o Maurício de Sousa.

Vê alguma semelhança ou influência vinda dos EUA ou Europa?
Com certeza. E isso não é ruim. Que mal há em se colocar as influências que temos em nosso trabalho? Isso faz parte da arte e faz parte de nós. Tanto faz se a influência é dos EUA, Europa ou Japão. Só precisamos usar as influências a nosso favor e produzir algo nosso. Assim fizeram os modernistas. Precisamos seguir o exemplo.

Quais os seus planos para esse ano?
Desenhar mais, produzir mais música, não parar nunca. Tenho uma edição bem engraçada em andamento com o Homem-poodle, tenho trabalhos no exterior e trabalhos com autores nacionais. É bola para frente.

O que mais curte produzir?
Curto produzir quadrinhos mesmo. Independente de que personagem, ou pra quem estou produzindo, desenhar é o que é mais divertido.

Como considera o seu traço?
Acredito que trabalho mais na linha dos quadrinhos americanos, inspirado por artistas como Buscema, Kirby, Byrne...

No Brasil, qual trabalho trouxe mais prazer?
Realmente, foi “Filhos do Apocalipse”. Meu maior orgulho, quando se trata de qualidade gráfica.

Minibiografia.
Zilson Costa, artista, músico, professor. Nascido em São Luís, um cara comum.


Pergunta que se faria ou que imagina que seus leitores fariam.
O que você imagina estar fazendo daqui a 5 anos?
Desenhando, criando músicas, lecionando. That’s my life! Hahahah


sábado, 9 de novembro de 2019

MÚLTIPLO # 37 - EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO - 3 ANOS - NOVEMBRO DE 2019

MÚLTIPLO # 37 NO AR, GALERA!!! EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO - 3 ANOS!!!
CORRE E BAIXE O SEU PDF!!!
ENTREVISTA COM Zilson Costa
TOMO III de FORÇA EXTREMA
MUITA HQ, ILUSTRAÇÕES E RESENHAS



IMPRESSO NO CLUBE DE AUTORES EM: www.clubedeautores.com.br/book/305044--MULTIPLO_37

PDF NO GRUPO DO MÚLTIPLO E FANZINE ILUSTRADO EM: https://www.facebook.com/groups/410201319362851/files/

ou no ISSUU: https://issuu.com/andrecarim2/docs/m_ltiplo_37