sábado, 15 de setembro de 2018

ENTREVISTA COM TONY FERNANDES - MÚLTIPLO # 21 - JULHO 2018


Nome, idade, local de nascimento.
Antonio Fernandes Filho. Nome de guerra: Tony Fernandes. Nasci no dia 03 de junho de 1956, no bairro proletário da Lapa... mais precisamente na Vila Romana, subdistrito Da Lapa, em São Paulo. Só para explicar: Tony não é americanizado, como dizem alguns. Tony: o nome vem do italiano. Passei a ser chamado assim graças a minha Nona-avó por parte de mãe.

Onde reside hoje?
Na zona norte da cidade.

Como começou a desenhar e o que curtia?
Comecei a rabiscar nos primeiros anos do primário. Meus cadernos viviam cheios De Nacional Kid (herói de um seriado japonês, que foi o primeiro de super-herói a ser exibido no Brasil). Na época eu também curtia muito gibis do Gasparzinho, Pato Donald, Tio Patinhas, Brasinha, Jetsons, Flintstones, Fantasma, Fix e Fox, Capitão 7, Raio Negro e uma porrada de gibis de cowboys lançados pela RGE e pela EBAL...

Qual o seu gênero preferido?
Bang-bang... Afinal, sou das antigas. Mas, também curto outros gêneros como super-heróis, terror e até mangás... só compro um gibi quando aprecio a arte. Em geral, não costumo lê-los mais. Prefiro um bom livro.
Além de desenhista/roteirista, tem alguma outra profissão?
Sou editor, jornalista, escritor, redator, compositor, instrumentista, publicitário, leciono arte etc...

Sua arte é um hobby ou uma profissão?
Sempre encarei a coisa como profissão. Sempre mantive um pé nas HQs e outro na publicidade. Afinal, tudo é arte. E foi com minha arte que mantive minha família...

Algum fato inusitado marcou sua carreira?
Sim, acho que dei muita sorte. Deus foi bom comigo, eu acho... Na década de 70, eu e o velho amigo, e ex-sócio, Wanderley Felipe, percorríamos algumas editoras. Primeiro batemos na porta da editora Graúna. Lá encontramos o editor e produtor gráfico Reinaldo de Oliveira - era 1972, e a crise do papel estava comendo solta. As gráficas estavam paradas, nenhum editor estava afim de publicar nada. Ao invés de desanimarmos, ao contrário, fomos até a Minami e Keizi, no bairro do Cambuci. Lá encontramos os editores Minami Keizi e Carlos da Cunha, que me apresentaram meu ídolo-Mor: Edmundo Rodrigues. Depois, fomos encaminhados para estagiar na casa do Ignácio Justo, outra fera do traço das HQs de combate. Os quadrinhos de histórias de guerra fizeram muito sucesso na TV e nos gibis. E o Justo se destacava naquele tipo de HQ. Na época, ele desenhava para a Minami e Keizi Editores, a série “A Múmia”, um clássico escrito por Gedeone Malagola.

Que tipo de incentivo o artista necessita para vencer?
Muito estudo (não só de desenho, como de conhecimentos gerais), dedicação, treino, perseverança – afinal, esta não é uma profissão fácil - ferramentas de trabalho, muita imaginação e paz.
O que a arte pode fazer como transformação na vida das pessoas?
Trabalhar com arte é uma verdadeira terapia para quem gosta... ser pago para fazer aquilo que se gosta, é uma dádiva. Fazer arte dá status e, caso você seja criativo e eclético, um bom dinheiro. Não posso me queixar da carreira que escolhi. Está valendo...

Quais as parcerias que realizou durante sua trajetória?
Trabalhei em parceria com diversos profissionais contemporâneos. Com Ignácio Justo, meu mestre, fiz algumas páginas de terror. Com Paulo Hamasaki, fiz uma HQ para a revista Vampirella (publicada pela ed. Noblet), Os Trapalhões e Trapasuat (para a Bloch Editores). Pela Felipe-Fernandes Produções, cujo sócio foi Wanderley Felipe, fizemos HQs para a revista Udigrudi, A Maldição do Guerreiro Ninja, uma porrada de HQs eróticas - para a editora Ninja-, além de atendermos editoras como: Sampa, Ninja, Bloch e outras. Juntos, também colaboramos com a revista Angélica (da Bloch) desenvolvendo duas séries (Os Tortugas e outra sobre uma bruxinha, que não me lembro o nome). Com o desenhista Beto (Alberto Jorge de Almeida Lima), fiz Fantasticman, Fantasma Negro e A Maldição do Guerreiro Ninja. Fiz parceria com muitos artistas como: Gilvan Lira, Décio Ramirez, Salatiel de Holanda, Orlando Alves, Roberto Guedes, e outras feras do texto e do traço. Ao longo dos anos muita gente boa passou pelos meus estúdios. É muita gente para ser lembrada aqui... (risos). Ajudei muitos a entrarem no ramo e resgatamos gente boa da antiga.

Qual trabalho ou HQ mais marcou sua trajetória? Qual a sua HQ preferida do Fantasticman?
Taí uma questão difícil de responder. Entre os anos 70 e 80, personagens como Capitão Savana (Buana Savana) e O Inspetor Pereira fizeram história. O primeiro foi publicado durante 5 anos na revista Akim (ed. Noblet). O Inspetor, com seus casos enigmáticos para o leitor decifrar, além de sair nas revistas da Noblet (por um bom tempo), também foi distribuído pela DIME, do Reinaldo de Oliveira, em mais de 50 jornais do país. Fantasticman, cujo nome inicial era Homem Formiga, só foi definido melhor a partir dos anos 80, quando foi publicado pela ed. Evictor, no formato 21 x 28 cm, e acabou se tornando cult. O Pequeno Ninja (criado por mim e pelo Felipe) foi um tremendo sucesso nos anos 90. Chegou a vender 125 mil exemplares. Udigrudi, uma versão apimentada da Mad, fez muita gente mijar de rir (anos90) e contava com um time de redatores e desenhistas da pesada... Apache, publicado em 2010, foi um western diferente, protagonizado por uma justiceira, deu o que falar. Porém, o personagem que eu acho que marcou a minha trajetória foi as aventuras dos aliens do planeta Vulcano (Fantasticman e Ápia). Minha HQ preferida do homem de Vulcano é a primeira, que deu origem a série.

De onde veio a ideia de criar o universo do herói? No universo do personagem, quais heróis além dele circulam?
Como alguém já disse: Nada se cria, tudo se transforma... (risos). Durante minha infância, tinha um seriado da TV que fez muito sucesso: O Fugitivo. Foi daquela velha série dos anos 60, que tirei a ideia de que os Vulcanos seriam perseguidos, injustamente - pelos Patrulheiros da Federação Intergalática -, por um crime que não cometeram, tal qual o protagonista da série da TV. Outras influências que tive foram inspiradas em Jornada nas Estrelas e nos heróis da Marvel, que tinham HQs cheias de ação. Kirby e Stan Lee foram meus grandes gurus, além do Justo e do prof. Nico Rosso.

Qual o impacto que espera que seus personagens causem nas pessoas?
Impacto? Quando se cria um personagem todo autor espera que ele caia nas graças dos leitores. Somente através das cartas - endereçadas ao autor ou ao editor- e das vendas, é possível avaliar o desempenho de um “produto editorial específico”. Quando a resposta é positiva todo autor tem orgasmos múltiplos, (risos) com certeza. Afinal, é difícil emplacar um personagem. Não há departamento de marketing do mundo que consiga desvendar o que desejam ler os leitores. De fato, determinar o que irá ser sucesso, ou não, sempre foi complicado. Às vezes dá certo, outras nem tanto. É duro agradar gregos e troianos. Como uma vez me disse o mestre e amigo Gedeone Malagola (autor de Raio Negro): “Crie diversos tipos de personagens, com temas variados, Tony. Nunca se sabe o que vai agradar aos leitores. O Mauricio (criador da Turma da Mônica), adorava o Bidú e o Horácio, mas o que caiu no gosto popular foi Mônica e Cebolinha.”

Tem algum projeto futuro?
Diversos: As Novas Aventuras em cores de Fantasticman; Piratas das Antilhas (minissérie em 4 edições); As Novas Aventuras do Buana Savana e a Turma da Selva, O Diário de Apía, Guardiões de Atrúria, etc...

O que falaria para quem curtiu e ainda curte seus personagens?
Galera, vocês é que são, de fato, fantásticos. Sou grato a todos. Tá valendo.

De onde vem sua inspiração?
Quem pode saber? Muitas vezes cheguei a me preocupar e pensar: Meu Deus, e se um dia as ideias acabarem? Mas, por incrível que pareça, elas nunca acabam. Elas surgem do nada e sentimos a necessidade de materializá-las, torná-las realidade. Segundo estudiosos da mente humana, as grandes ideias não surgem do cérebro. Elas são oriundas de outra dimensão, até então inexplicável. Este fato constatado, corrobora com o que sempre pensei: As ideias surgem quando “baixa o santo”. Principalmente de madrugada. Ao meu ver, apesar de assimilarmos um pouco de tudo o que lemos e vemos durante a vida, o processo de criação é algo transcendental, inexplicável. Eu acho. Acredito que ninguém para pra pensar: “Agora vou bolar algo genial”. A coisa flui normalmente.

Do seu universo de HQs, qual o personagem preferido e por quê?
O Pequeno Ninja, O Inspetor Pereira e Fantasticman estão na lista dos mais, mais. Porém, o mais importante foi Sargento Bronca – nome de uma série que satirizava o exército, e que foi publicada em 1973 pela editora Saber – pouca gente conhece. Ele foi o meu primeiro trabalho profissional. Sem ele jamais teria feito as demais criações.

Como classificaria o seu traço?
Simplesmente, profissional. Meio pesadão, a la Kirby. Sou especializado em desenhos cômicos. Faço figuras humanas por mero esforço, pode acreditar... (risos). Tem um zilhão de caras que desenham heróis melhor do que eu. Sempre fui consciente disso.

Prefere desenhar preto e branco ou colorido? Por quê?
Trabalhar em P&B é divertido e requer bom conhecimento de luz e sombra. Colorir à moda antiga é uma terapia. Através de computador chega a ser frustrante.

Como vê o cenário independente de HQs no Brasil?
Ainda bem que ele está superaquecido e assim não deixa morrer as HQs nacionais. Mas, não dá para entender como sobrevivem esses verdadeiros heróis que editam de forma independente... deve ser um sufoco. Fazem tiragens baixas. Isto é ruim, pois elas não permitem que o gibi seja comercializado por um preço acessível. Daí as vendas são baixas. Fica impossível assim criar infraestrutura para os editores/autores, ou para os desenhistas e roteiristas da nova geração. Isto é lamentável. Ficou inviável viver de quadrinhos no Brasil... apesar disso, todo esforço é válido. Deus salve os independentes.

Alguma HQ internacional serviu de inspiração para você?
As HQs cômicas europeias, tipo: Asterix, Mortadelo e Salaminho, Luke e Lucky e as aventuras de super-heróis Marvel e DC.


Breve currículo e considerações finais.
Comecei a bater de porta em porta nas editoras no final de 1970, após concluir um curso de desenho. Como não deu certo, acabei virando office-boy e bancário. Oficialmente, iniciei a carreira em 1972, colaborando com a editora Abril (Divisão Disney, escrevendo histórias). Fiz duas histórias dos patos e depois desisti. Tentei letreirar as HQs Disney, mas sempre fui péssimo letrista e acabei reprovado. Minha primeira publicação e personagem foi: Sargento Bronca (1973 – ed. Saber). No mesmo ano publiquei na Folhinha de São Paulo o personagem Pré-História – criando textos - em parceria com o desenhista W. Felipe. Em 1974 surgiram as primeiras HQs feitas em parceria com Ignácio Justo (arte final), publicadas pela Minami Keizi. Em 1977 passei a colaborar- graças ao amigo Paulo Hamasaki -, com a revista Akim, fazendo freelance. No mesmo ano publiquei na referida revista a primeira HQ do Capitão Savana, além de Jogos e Passatempos. Fui contratado como assistente de arte pela Noblet e em 78 surgiu a oportunidade de fazer a revista Jogos e Diversões. Em sua última edição (#12) aparece pela primeira vez Fantasticman, com o nome de Homem Formiga. Até o início dos anos 80, publiquei pela Noblet, diversos personagens, como: (Capitão Savana, Águia Azarada, Lamparina, Jerônimo Dias (Revista Mister No), O Inspetor Pereira etc. Os referidos personagens foram publicados em variados títulos daquela casa editorial. Em 1981, deixei a Noblet e fundei o meu primeiro estúdio, chamado ETF (Estúdios Tony Fernandes), que atendia as seguintes casas editoriais: Grafipar, Evictor, Tálamus, Imprima, Acti-Vita, Ninja, Luzeiro, Ônix, além de atender agências de publicidade, editoras de livros (Ática, FTD etc.). Um ano depois o estúdio passou a ser uma editora chamada ETF Comunicação Comercial Ltda, que acabou relançando as aventuras de Fantasticman, lançando Fantasma Negro e o Almanaque Clube dos Quadrinhos, que trazia em suas páginas, as aventuras do Capitão Savana e do Inspetor Pereira. Nos anos 90, eu e o W. Felipe fundamos a Phenix Editorial, empresa especializada em revistas pôsteres de cinema, rock etc. Lançamos em quadrinhos almanaques de 132 páginas, como: Super Ação, Aventura, e duas edições simultâneas da revista Udigrudi. Para tal feito, contamos com inúmeros colaboradores, inclusive uma garota: Luciana.

Agradeço ao amigo Tony Fernandes pelas respostas à entrevista. Eu havia aberto aos amigos para que enviassem perguntas ao Tony e o Belardino Brabo enviou algumas que foram respondidas também, conforme se segue.

De onde veio a inspiração para criar o Fantasticman?
Nos anos 60, passei a devorar os chamados “desenhos desanimados da Marvel”, que eram exibidos pela recém-inaugurada TV Bandeirantes e melava a cueca lendo os gibis daqueles heróis lançados pela EBAL – incialmente nos postos de gasolina Shell. (risos)... Então, conheci heróis Made in Brazil, como: Raio Negro, Hydroman, O Homem Lua, Mylar, Pabeyma e outros. Porém, achava que eles nada tinham a ver com o estilo Marvel criado por Lee e Kirby. Daí decidi tentar fazer algo, mais ou menos, na linha americana.

E o Nome? Particularmente acho muito cool, como foi para você ter a ideia?
Depois de ler e ver tantos supers publicados por aí, Belardino, não via muita opção. Como Fantasticman era um misto de Superman, Flash Gordon, Ultraman e Elektron, surgiu a ideia de batizá-lo de Fantasticman. Mas, como citei, incialmente ele se chamava Zink - O Homem Formiga, e nada tinha a ver com o personagem dos anos 80. O herói era um androide comandado por um professor genial. Quando “caiu a ficha” que a Marvel tinha um Homem Formiga, engavetei o personagem, e só depois decidi alterar todo o universo dele e rebatizá-lo.

Quais são as suas influências artísticas?
Muitas... HQs europeias de humor, Bang-bang, super-heróis, aventuras, ficção científica, terror, livros e filmes - dos mais variados temas-, além de seriados da TV.

Na época que você criou o personagem, nunca houve alguma editora que se interessou em fazer uma edição mensal do mesmo?
Você pode não acreditar... não havia qualquer planejamento. Só fiz uma única edição que foi publicada (de Fantasticman) ... meses depois pensei numa segunda história. Só pensei em fazer as aventuras dele em série quando fundei a minha editora ETF (em 1981). Mas, só acabei republicando a HQ que tinha saído pela Evictor e escrevi uma nova que foi desenhada pelo Beto. Fora isto, escrevi uma para o Edilson (Bilau) que desenhou magistralmente o primeiro episódio. A ETF durou pouco. Eu não tinha dinheiro ou infraestrutura para manter um título mensal. Eu era um garoto, literalmente, porra-louca – aliás éramos um bando de garotos (Jotah, Beto, Ramirez, Mauro e outros). Queríamos fazer HQs, sem qualquer planejamento prévio ou visando sucesso. É Mole? Acho que não acreditávamos que uma daquelas criações fosse dar certo. Estávamos afim de lançar HQs e ganhar uns trocados, só. Quando chegaram as primeiras cartas elogiando os nossos gibis é que “caiu a ficha”. Mas, era impossível dar sequência nas séries...

Como você encara a situação que a HQ BR tem enfrentado com o passar dos anos e na sua opinião, o que acha que poderia ser feito para termos mercado para os heróis brasileiros?
A situação está crítica. HQs nacionais sumiram das bancas. Só resta Mônica e Cebolinha (Turma Jovem) e as publicações alternativas que são vendidas nos eventos, pela Internet e livrarias especializadas. Não dá para um autor viver disso, infelizmente. Houve um tempo que era possível viver fazendo quadrinhos no país. Hoje é quase impossível. Para termos mercado para os heróis brasileiros, antes de tudo, é preciso ter autores competentes – que criem produtos editorias aos moldes americanos- e editores nacionalistas que acreditem que o nosso material é tão bom quanto o estrangeiro e que invistam – na mídia - na divulgação desse novo material. Afinal, fazer HQ no país sempre foi mais caro do que comprar material alienígena. Manter um time de autores nacionais é oneroso. Se não vender, fudeu tudo, melou. Em síntese: o mercado é cruel. Só fica na mídia aquilo que vende bem. O que consagra qualquer autor são as vendas. O resto é conversa mole.

Quem ou o que motivou você a ser desenhista/criador de histórias em quadrinhos?
Meu velho pai não era desenhista. Mas, de vez em quando se arriscava a desenhar um pássaro, que eu achava horrível. Eu ficava ali observando e pensava: “Cacete, sou capaz de fazer melhor do que essa meleca”! Minha mãe era professora. Ela me incentivava a estudar arte. Meu pai, ao contrário, vivia dizendo que eu deveria procurar um trabalho decente e que desenho não dava dinheiro. Em parte, meu velho estava certo. Ralei um bocado para conseguir vender meus primeiros trabalhos. Quando consegui publicar Sargento Bronca ele e minha mãe se orgulharam de mim. Dona Adélia sempre me incentivou, mas implorava para que eu também levasse a sério as matérias do colégio. Ela tinha muitos livros e me ensinou a ler e a escrever aos 6 anos. Jamais me preocupei em ler livros. Aliás, por ironia, sempre fui péssimo aluno. Só me dava bem em desenho e idiomas. No colégio me realizei ao fazer parte do Centro Cívico, onde eu dirigia o jornal e ajudava a criar eventos esportivos e musicais. Também acho que foi minha enorme coleção de gibis que eu devorava que acabou me influenciando... curtia tanto que passei a desejar a desenhar quadrinhos, visto que também adorava fazer rabiscos quando pequeno. Ainda pivete criei meu primeiro super-herói chamado Super Atômico. Meus primeiros quadrinhos foram feitos no mimeógrafo do colégio (Catecismos. HQs eróticas de sexo explícito). Eu os comercializava entre os alunos. Graças a eles ganhei minha primeira suspensão no colégio e acabei tomando umas bordoadas em casa.


Qual o maior herói das HQs BR?
Na minha opinião: Raio Negro. Foi o primeiro a tentar seguir a escola americana, nos anos 60. Foi o pai de todos. Não devemos jamais esquecer o nome de seu autor, o saudoso e querido amigo professor Gedeone Malagola, um dos pioneiros das HQs no Brasil – Um delegado que era apaixonado por gibis. Escreveu diversos gêneros, fez adaptações de clássicos de terror. Enfim, o homem fez e faz parte da história das – HQs no Brasil.


MÚLTIPLO e FANZINE ILUSTRADO, SEMPRE GRANDES ENTREVISTAS E HQs DE QUALIDADE!!!

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