Em breve, no Múltiplo, uma saga de tirar o fôlego, muito terror, aventura e descobertas!!!
Vampiras, uma saga que vai mexer com você!
Isabela, Valquíria, Marceline e Lara, junto de Cataclisma e Alice, a bruxa, enfrentando um perigo eminente, que ameaçará todas as existências!!!
sábado, 28 de julho de 2018
HQs de Velta no Múltiplo - EM BREVE
domingo, 22 de julho de 2018
Lançamento: Contos de Horror – Júlio Shimamoto
Seis clássicos do mestre Shimamoto restaurados e reunidos pela primeira vez. Histórias originalmente publicadas nas revistas Medo (Press) Mestres do Terror e Calafrio (D’Arte) e Spektro (Vecchi). Participação especial de Júlio Emílio Braz. Produção conjunta Atomic Books e Quadrante Sul Comics
Neurose I
Medo nº 1 (Press Editorial) 1985
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
Em 1985 Shima voltava aos quadrinhos, vindo da publicidade.
Nesta publicação da Press, produzida pelo Estúdio Ofeliano de Almeida, criou a série “Neurose” onde utiliza uma nova expressão gráfica em preto e branco e duas dimensões (já despontava aqui sua inquietude com novas técnicas e materiais inusitados) estilo iniciado na HQ “O Ogro”, publicada na revista Calafrio, da D'Arte, lembrando o visual de xilogravura. Na história Gláucio Pontes leva uma vida normal. Casado, um casal de filhos no ginásio, amante. O cantor frustrado (hoje gerente de marketing), tem agora que lidar com seu sócio, que se intrometeu em sua vida querendo lhe tomar tudo.
Sonho Mau
Mestres do Terror Especial nº 3 (D'Arte) 1989
Roteiro Júlio Emílio Braz, desenhos de Shimamoto
Menino tem pesadelo em que sua mãe é implacavelmente perseguida por um vampiro. Mas será que é um pesadelo realmente? Conto poético que inspirou a capa do presente álbum, belíssimo roteiro de JEB e desenhos fantásticos do mestre, mostrando todo o seu domínio no pincel, sombras e perspectiva aliado à criatividade nos enquadramentos das cenas.
Ponto de Parada
Calafrio nº 20 (D'Arte)
Roteiro Júlio Emílio Braz, desenhos de Shimamoto
Laura tem lembranças de sua vida empreendedora. A construção da estrada, o motel movimentado... tudo isso agora é passado. O presente traz apenas o silêncio da estrada envelhecendo. Os hóspedes indo e não voltando mais. Seu mundo morrendo ao redor. Melancolia e lembranças. Nada parecia alterar isso, até a chegada de um caminhoneiro.
Dança Macabra
Spektro nº 10 (Vecchi) 1979
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
Nessa época do ano, principalmente com suas águas volumosas e turbulentas, o arraial 'remanso' não justifica o nome...contam-se dele histórias terríveis de fantasmas dos afogados que passeiam pelas ribanceiras...'remanso' engole por ano dez, doze pessoas, número nada pequeno para a população do Seridó. Há três dias Xisto, canoeiro experiente, foi arrastado pela correnteza e sumiu. História produzida em 1961.
Possessão Diabólica
Spektro nº 11 (Vecchi) 1979
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
O fantasma de um samurai errante reencarna em outro corpo. Shima aqui está totalmente à vontade no tema das lendas japonesas de honra, duelo e espada. Conta, em meio a muito sangue, a história dos lendários Sassaki Kojirô e Miyamoto Mussashi. Participação especial do maior exorcista do planeta: Zattan Polanski.
O Cataléptico
Spektro nº 13 (Vecchi) 1979
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
Ele tinha medo da escuridão. Medo que chegava às raias da loucura. Sua esposa, mais do que ninguém, desejava saber a razão do seu medo. Um dia ele resolveu revelar seu segredo.
Serviço
Contos de Horror – Júlio Shimamoto
Álbum com 64 páginas, formato 15,5x23 cm, capa 4x0 cores papel couché 300g Prolan fosco HiTac, miolo 1x1 cor papel offset 115, lombada PUR.
R$ 25,00 (frete registrado incluso no valor)
Depósito Bradesco:
Agência: 1552-0
Conta Corrente: 20906-6
Marcos de Freitas da Silva
CPF 595802401-91
Comprovante:
atomiceditora@gmail.com
Neurose I
Medo nº 1 (Press Editorial) 1985
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
Em 1985 Shima voltava aos quadrinhos, vindo da publicidade.
Nesta publicação da Press, produzida pelo Estúdio Ofeliano de Almeida, criou a série “Neurose” onde utiliza uma nova expressão gráfica em preto e branco e duas dimensões (já despontava aqui sua inquietude com novas técnicas e materiais inusitados) estilo iniciado na HQ “O Ogro”, publicada na revista Calafrio, da D'Arte, lembrando o visual de xilogravura. Na história Gláucio Pontes leva uma vida normal. Casado, um casal de filhos no ginásio, amante. O cantor frustrado (hoje gerente de marketing), tem agora que lidar com seu sócio, que se intrometeu em sua vida querendo lhe tomar tudo.
Sonho Mau
Mestres do Terror Especial nº 3 (D'Arte) 1989
Roteiro Júlio Emílio Braz, desenhos de Shimamoto
Menino tem pesadelo em que sua mãe é implacavelmente perseguida por um vampiro. Mas será que é um pesadelo realmente? Conto poético que inspirou a capa do presente álbum, belíssimo roteiro de JEB e desenhos fantásticos do mestre, mostrando todo o seu domínio no pincel, sombras e perspectiva aliado à criatividade nos enquadramentos das cenas.
Ponto de Parada
Calafrio nº 20 (D'Arte)
Roteiro Júlio Emílio Braz, desenhos de Shimamoto
Laura tem lembranças de sua vida empreendedora. A construção da estrada, o motel movimentado... tudo isso agora é passado. O presente traz apenas o silêncio da estrada envelhecendo. Os hóspedes indo e não voltando mais. Seu mundo morrendo ao redor. Melancolia e lembranças. Nada parecia alterar isso, até a chegada de um caminhoneiro.
Dança Macabra
Spektro nº 10 (Vecchi) 1979
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
Nessa época do ano, principalmente com suas águas volumosas e turbulentas, o arraial 'remanso' não justifica o nome...contam-se dele histórias terríveis de fantasmas dos afogados que passeiam pelas ribanceiras...'remanso' engole por ano dez, doze pessoas, número nada pequeno para a população do Seridó. Há três dias Xisto, canoeiro experiente, foi arrastado pela correnteza e sumiu. História produzida em 1961.
Possessão Diabólica
Spektro nº 11 (Vecchi) 1979
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
O fantasma de um samurai errante reencarna em outro corpo. Shima aqui está totalmente à vontade no tema das lendas japonesas de honra, duelo e espada. Conta, em meio a muito sangue, a história dos lendários Sassaki Kojirô e Miyamoto Mussashi. Participação especial do maior exorcista do planeta: Zattan Polanski.
O Cataléptico
Spektro nº 13 (Vecchi) 1979
Roteiro e desenhos de Júlio Shimamoto.
Ele tinha medo da escuridão. Medo que chegava às raias da loucura. Sua esposa, mais do que ninguém, desejava saber a razão do seu medo. Um dia ele resolveu revelar seu segredo.
Serviço
Contos de Horror – Júlio Shimamoto
Álbum com 64 páginas, formato 15,5x23 cm, capa 4x0 cores papel couché 300g Prolan fosco HiTac, miolo 1x1 cor papel offset 115, lombada PUR.
R$ 25,00 (frete registrado incluso no valor)
Depósito Bradesco:
Agência: 1552-0
Conta Corrente: 20906-6
Marcos de Freitas da Silva
CPF 595802401-91
Comprovante:
atomiceditora@gmail.com
QUADRITOS # 14 (PROMOQUADRITOS + LEGENDASHQ!)
MAIS UMA SUPER PROMOÇÃO E UMA PRODUÇÃO ESPECIAL DO AMIGO MARCOS FREITAS, TRAZENDO QUADRINHOS NACIONAIS DE PRIMEIRA QUALIDADE! TEM HQs PARA TODOS OS GOSTOS E CLARO, UMA SUPER EDIÇÃO DO MESTRE DO PRETO E BRANCO, JULIO SHIMAMOTO!!! CONFIRAM NA POSTAGEM E NO BLOG DA ATOMIC!
Lançamento: Quadritos 14
Salve galera dos fanzines!
É com grande emoção e orgulho que venho anunciar o lançamento do Quadritos 14. Uma edição que sai com um ano de atraso, mas vem muito forte, com 180 páginas de quadrinhos e informações, comemorando em alto estilo os agora 31 de fanzinagem!
A edição impressa começa a ser entregue início de agosto - restam poucos exemplares impressos ainda para venda. A edição virtual pode ser baixada gratuitamente.
ATRAÇÕES:
Quadrinhos: Fronteiras do Amanhã (Gustavo Valladares/Itamar Gonçalves), A Fofoqueira (Emir Ribeiro), Hermit (Alberto Monteiro), Osso Morto (Vaughn Bodé), Alívio e HQ Forismo (Ciberpajé), Dia de Pedir Demissão (Bira Dantas), A História do Ovo (Laudo Ferreira Jr.), Olha a Bosta! (Luciano Irrthum), O Passarinho (Abuli/Bernet) e Última Canção (Joacy Jamys).
Entrevistas: Franco de Rosa, Júlio Emílio Braz e Luiz Eduardo Lopes de Castro (Luga)
Colunas: Momento da Press (Superficção), Política e Quadrinhos, Nação Xerox (Aventura), Repórter HQ, Tavern Quadritos, Cineclube, Crônica (Marcos Freitas) e as colunas de Calazans, Ciberpajé, Conexão Múltiplo (André Carim), Gazy Andraus e Edgard Guimarães.
PROMOÇÃO 1:
A edição é virtual é gratuita. Mas quem colaborar com qualquer valor após baixar a edição, vai concorrer a Combos da Atomic, com grandes lançamentos recentes da editora: Contos de Horror (Shimamoto), JSouza 30 anos (Jerônimo Souza e convidados) e Cova do Terror (Luiz Iório).
Basta depositar qualquer valor e enviar comprovante para atomiceditora@gmail.com com assunto PROMOQUADRITOS. Serão sorteados 5 combos e os felizardos receberão também o novo fanzine dos editores Marcos Freitas (Quadritos), Denilson Reis (Tchê), Clodoaldo Cruz (Cabal) e André Carim (Múltiplo) a ser lançado em breve: LEGENDAS HQ
A Promoção vai até final de agosto e divulgarei o resultado aqui no face e blog da Atomic
PROMOÇÃO 2:
Os 10 primeiros pedidos da edição impressa, levam de brinde a edição 13 que está quase esgotando,com capa e entrevista com Elmano Silva
MAIS INFORMAÇÕES:
atomiceditora.blogspot.com.br
Lançamento: Quadritos 14
Salve galera dos fanzines!
É com grande emoção e orgulho que venho anunciar o lançamento do Quadritos 14. Uma edição que sai com um ano de atraso, mas vem muito forte, com 180 páginas de quadrinhos e informações, comemorando em alto estilo os agora 31 de fanzinagem!
A edição impressa começa a ser entregue início de agosto - restam poucos exemplares impressos ainda para venda. A edição virtual pode ser baixada gratuitamente.
ATRAÇÕES:
Quadrinhos: Fronteiras do Amanhã (Gustavo Valladares/Itamar Gonçalves), A Fofoqueira (Emir Ribeiro), Hermit (Alberto Monteiro), Osso Morto (Vaughn Bodé), Alívio e HQ Forismo (Ciberpajé), Dia de Pedir Demissão (Bira Dantas), A História do Ovo (Laudo Ferreira Jr.), Olha a Bosta! (Luciano Irrthum), O Passarinho (Abuli/Bernet) e Última Canção (Joacy Jamys).
Entrevistas: Franco de Rosa, Júlio Emílio Braz e Luiz Eduardo Lopes de Castro (Luga)
Colunas: Momento da Press (Superficção), Política e Quadrinhos, Nação Xerox (Aventura), Repórter HQ, Tavern Quadritos, Cineclube, Crônica (Marcos Freitas) e as colunas de Calazans, Ciberpajé, Conexão Múltiplo (André Carim), Gazy Andraus e Edgard Guimarães.
PROMOÇÃO 1:
A edição é virtual é gratuita. Mas quem colaborar com qualquer valor após baixar a edição, vai concorrer a Combos da Atomic, com grandes lançamentos recentes da editora: Contos de Horror (Shimamoto), JSouza 30 anos (Jerônimo Souza e convidados) e Cova do Terror (Luiz Iório).
Basta depositar qualquer valor e enviar comprovante para atomiceditora@gmail.com com assunto PROMOQUADRITOS. Serão sorteados 5 combos e os felizardos receberão também o novo fanzine dos editores Marcos Freitas (Quadritos), Denilson Reis (Tchê), Clodoaldo Cruz (Cabal) e André Carim (Múltiplo) a ser lançado em breve: LEGENDAS HQ
A Promoção vai até final de agosto e divulgarei o resultado aqui no face e blog da Atomic
PROMOÇÃO 2:
Os 10 primeiros pedidos da edição impressa, levam de brinde a edição 13 que está quase esgotando,com capa e entrevista com Elmano Silva
MAIS INFORMAÇÕES:
atomiceditora.blogspot.com.br
ENTREVISTA COM SÍLVIO RIBEIRO - MÚLTIPLO 20
INFORMAÇÃO IMPORTANTE: A REVISTA "QUADRINHOS FANTÁSTICOS II" JÁ ESTÁ NA GRÁFICA E ESTARÁ NA COMIC CON RS!!!
Entrevista com Sílvio ribeiro
Nome, idade, onde reside, onde nasceu.
Silvio Ribeiro, 56 anos. Nasci e moro em Porto Alegre
Como iniciou sua trajetória com os quadrinhos?
Comecei a rabiscar lá pelos 5 ou 6 anos, mas só fui me interessar por Quadrinhos algum tempo depois, quando tinha 11 ou 12. Enquanto a maioria das pessoas que me cercavam gostavam de Quadrinhos cômicos, como Disney e Mauricio de Souza, eu me interessei primeiro por Zorro, que eram histórias de aventura.
Já editou fanzines? O que mais publicou?
Quando ainda estava na engenharia conheci o fanzine ManyComics, do Élbio Porcellis. Quando ele resolveu parar o zine, eu me juntei a ele e produzimos mais uns 3 ou 4 números. Eu trabalho como Editor de Arte há mais de 23 anos e já fiz muitas publicações e ilustrações, que foram para mais de 100 países, em três línguas. Fora isto, tenho feito meus próprios livros. Em 2005 publiquei o livro "Silvio Ribeiro - Coletânea". Em 2009 desenvolvi um método para fazer ilustrações complexas de forma ágil no Photoshop, usando apenas o mouse. Isto acabou resultando no meu segundo livro, "Arte Digital - Silvio Ribeiro". Depois destas publicações comecei a receber várias sugestões de livros, cada um queria que eu ensinasse alguma coisa e foi aí que resolvi trabalhar durante 5 anos em um livro maior, "Curso Completo de Desenho Artístico", que ficou pronto e publicado em 2014. Fiz mais de 1000 ilustrações para este livro e quando ele terminou fiquei meio órfão, sem saber o que desenhar, então foi aí que tive a ideia de juntar um pessoal e publicar uma revista de Quadrinhos e contos de terror e ficção científica em 2015, "Histórias Fantásticas".
Sobre o que falam os seus desenhos? E trabalho?
Meus trabalhos são muito variados, sempre procurei aprender várias técnicas e meus artistas favoritos pintavam telas de fantasia e faziam quadrinhos e ilustrações com temas medievais, ficção científica, fantasia e terror e acabei indo pelo mesmo caminho. Já fiz alguma coisa de super-heróis, mas não tenho muito interesse neles.
Como lida com o cotidiano e as HQs? Concilia ou só trabalha com ilustrações e HQs?
Como disse, sou Editor de Arte e não faço só Quadrinhos, não vivo deles e nem pretendo, pois, Quadrinhos é uma coisa que paga muito mal, pelo menos em relação ao desenho para publicidade. As ilustrações que faço no meu trabalho são em estilos bem diferentes, mais cômicos e técnicos, então quando posso faço aquilo que realmente gosto, os estilos citados anteriormente. Trabalho 6h por dia, mas fora isto, sempre tem alguma questão particular para resolver, o tempo que sobra divido entre telas a óleo, Quadrinhos e ilustrações avulsas.
Qual (is) parceria (s) mais realizou? Qual valeu mais a pena trabalhar?
Acho que a melhor parceria que fiz foi quando juntei vários artistas nacionais para publicar a revista "Histórias Fantásticas". Sou da engenharia e nesta área de trabalho há muito individualismo, cada um resolve seus problemas, talvez por isto eu goste de trabalhar sozinho. Faço os textos e os desenhos de minhas HQs.
Como se vê no universo de HQ nacional?
Trabalho para agradar uma única pessoa, a mim mesmo e assim é que me vejo fazendo Quadrinhos no Brasil. Sou de uma época em que não havia nem computador e muito menos internet. Tudo era mais difícil, publicar uma HQ era quase impossível. Haviam alguns "desbravadores", que abriam suas editoras hoje e fechavam amanhã. Agora, entretanto, está muito mais fácil publicar uma HQ. O lado positivo disto é que muito artista bom não tinha oportunidade de mostrar seu trabalho. O lado ruim é que qualquer um publica uma HQ atualmente, com ou sem qualidade. Não vou entrar naquela discussão boba e dizer que o Quadrinho nacional não tem qualidade. O problema é que o pessoal aqui é colonizado e isto não tem como negar. Engolem tudo o que vem dos EUA e por outro lado têm um senso crítico exacerbado com a produção nacional. Tem os bons e tem os ruins, o que não dá pra fazer é colocar tudo no mesmo saco. Da mesma forma, o Quadrinho dos EUA produz alguns trabalhos que não valem nem o papel que é impresso e as livrarias estão cheias. Sou mais um dos tantos batalhadores do Quadrinho Nacional, e é assim que me vejo. Algumas vezes digo às pessoas, elas não acreditam, mas eu não tenho interesse de publicar nos EUA. Seria frustrante para mim, desenhar Batman ou Homem-Aranha. Me realizo mais fazendo minhas publicações independentes e de alguma forma, contribuindo para elevar a qualidade do nosso Quadrinho.
Qual o gênero que mais trabalha? Tem alguma preferência?
Nas minhas telas tenho abordado muito os temas medievais, também um pouco nos Quadrinhos, mas o gênero que mais tenho trabalhado são as HQs de terror. Gosto do Quadrinho antigo de terror, da década de 60, e tenho procurado resgatar um pouco delas nos meus trabalhos.
Há alguns anos você e um grupo de artistas publicaram uma revista, a “Histórias Fantásticas”, sobre o que a revista falava? Eram HQs sobre algum tema específico?
A ideia inicial desta revista era fazer algo como Crypta e aquelas revistas de terror antigas. Os temas principais eram terror e ficção científica e como contou com colaboração de vários artistas, as histórias eram bem diversas.
Fiquei sabendo dessa publicação através do Facebook, e logo corri atrás e consegui um exemplar. Essa semana (25 de fevereiro), fiquei sabendo que você está chamando os participantes da primeira edição para uma nova publicação. É verdade? Sobre o que a nova revista irá falar, sobre o mesmo tema?
Os temas são basicamente os mesmos, terror, ficção científica, e acrescentei fantasia. Fiz 300 exemplares da edição anterior da revista e esgotou mais rápido do que eu imaginava. Até hoje algumas pessoas me pedem. Agora vou repetir a dose, mas tive que mudar o nome, pois o anterior já havia sido usado no passado em outra revista. Esta publicação em que eu e os colaboradores estamos trabalhando agora, seguirá o mesmo estilo, como se fosse uma nova edição, entretanto, ela se chamará "Quadrinhos Fantásticos".
Tem alguma previsão para o lançamento?
Se tudo correr como espero, será publicada em julho deste ano. Parece um prazo longo, mas temos que ter em mente, que serão vários artistas, todos com seus próprios compromissos. Além disso, para negociar os preços com a gráfica, quanto mais prazo dermos, melhor será o valor cobrado.
O que o motivou a relançar essa revista?
O que me motivou é simples, eu não consigo ficar parado. Eu gosto muito disto e estou sempre procurando desculpas para desenhar. Quem é entusiasta e trabalha de forma independente vai entender bem o que estou falando. Por isto que num comentário, um dia destes eu disse, todo o pessoal que lida com Quadrinhos nacionais, seja criando ou divulgando, é um guerreiro. Não basta todo o seu esforço e investimento, você ainda tem que estar disposto a aguentar os críticos de plantão. Para ajudar são poucos, mas para criticar...
Espera a mesma receptividade da primeira?
Para esta edição estou pensando em 500 exemplares. A primeira foi excelente, mas esta será épica. Teremos novamente o Shimamoto e também, a participação de uma artista canadense, Louis Paradis, que faz um ótimo trabalho. Sem contar alguns veteranos da primeira edição, como Rom Freire, Henry Jaepelt e Fernanda Reche. Também tem os estreantes Carlos Alberto Oliveira, Clayton Cardoso e o Denílson Reis, que empresta seu personagem para uma HQ minha. Não tem como não ficar otimista.
Já tem algum canal de distribuição?
Cada artista recebe uma certa quantidade de exemplares para distribuir como achar melhor, mas o grosso fica comigo. Facebook e sites relacionados a Quadrinhos são acionados. Os 300 exemplares da primeira edição se esgotaram rapidamente, agora farei mais e talvez demore mais um pouco. Tudo faz parte do processo de ser um editor independente.
Voltando ao seu trabalho, como classifica o seu traço?
Eu sempre persegui o estilo clássico dos grandes artistas como Harold Foster, Alex Raymond, Frank Frazetta, Al Williansom, Wally Wood... Talvez por isto não tenha muito interesse em super-heróis. Este estilo de desenho que vejo hoje, onde aparece até as veias do personagem, como se seu uniforme fosse pintado no próprio corpo, não me agrada e não tenho interesse em fazer.
Tem algum personagem que goste mais? Por que?
O primeiro personagem que me chamou a atenção foi o Zorro. Mas um dia caiu uma revista do Homem-Aranha nas minhas mãos, desenhada por Gil Kane, e aí passei a colecionar as revistas do personagem e a fazer centenas de desenhos com ele. Nesta época, gostava muito do trabalho do John Romita, John Buscema, Jim Mooney e do próprio Gil Kane.
Como vê o universo de quadrinhos e fanzines no Brasil?
Existe muita coisa boa, mas também muita coisa ruim. É como já falei antes, todo mundo consegue fazer sua revista atualmente. Porém, acho um fato positivo que tenham tantas publicações. Muita coisa boa vai continuar e o que é ruim acaba não indo adiante. Aqui eu gostaria de fazer um parêntesis, também dou aulas de desenho artístico e com o advento do Facebook, tenho perdido alunos, pois qualquer um que faz um rabisco vai lá e posta e já se acha um "artista". Isto é uma coisa que eu lamento. O resultado disto é você ver várias publicações e personagens sem condições nenhuma sendo publicados. Outra coisa que eu lamento é a quantidade de "cursos de desenho" que tem por aí, onde o cara aprende não desenho, mas sim rabiscar toscamente super-heróis e já sai se dizendo desenhista e publicando. Sempre exigi muito de mim mesmo e acho que esta é a receita.
O que acha necessário para que esse universo se fortaleça e vença?
O Brasil é um país colonizado e para mudar isto não será fácil. A grande mídia é a maior ferramenta de dominação estrangeira dentro do nosso país e mesmo outras modalidades artísticas, já consagradas, sofrem com isto e as produções estrangeiras tomaram conta. Você entra, por exemplo, em uma grande livraria, a maioria dos livros ou é em língua estrangeira, importados, ou traduções de obras estrangeiras. Para autores nacionais o espaço é pouco. Um autor estrangeiro escreve um livro com mais de 200 páginas, com uma historinha que caberia num livro de bolso, mistura Da Vinci com mais um monte de bobagens e no Brasil vira um Best Seller. Neste contexto, não vejo como os Quadrinhos nacionais saírem do campo dos independentes. Então, o que acho necessário para que os Quadrinhos brasileiros tomem o seu lugar de direito, é que o brasileiro adquira amor próprio e que comece a gostar do Brasil e que valorize a nossa cultura, mas acho que isto só será possível se um dia algo acontecer no nosso país com a capacidade de criar uma nova grande mídia, que seja voltada para os interesses do Brasil.
Você trabalha também com curso de HQs? Como funciona?
Não tenho trabalhado com cursos de HQ por dois motivos principais. Primeiro, porque quero que as pessoas aprendam a desenhar para depois fazerem Quadrinhos. Segundo, porque os grandes artistas, que admiro tanto, nunca fizeram curso de HQ. Harold Foster, por exemplo, que é considerado por muitos, inclusive por mim, como o maior autor de Quadrinhos de todos os tempos, nunca fez curso de HQ. Nem o John Buscema, um artista da Marvel muito admirado até hoje. Este pessoal fazia curso de artes ou desenho comercial e por uma razão qualquer em suas vidas acabavam indo fazer Quadrinhos. Isto não significa que não possa dar aulas de Quadrinhos, mas o aluno vai ter que aprender desenho ou já ter o traço desenvolvido.
Qual (is) trabalho (s) seu (s) mais se destacou? Tem algum preferido?
Nestes 56 anos já fiz tanta coisa... Não saberia dizer qual mais se destacou. Fiz tantos trabalhos para o Brasil e para fora, que muitos nem cheguei a ter retorno. Não tenho nenhum preferido, sou muito crítico com o que faço, o melhor sempre será o próximo. Se tivesse que destacar uma obra minha, seria o meu livro "Curso Completo de Desenho Artístico". Nenhum artista no mundo fez um livro de desenho que abordasse tantos temas.
O que diria a quem está começando?
Aprendam. Estudem. Tenham senso crítico e que tenham muito cuidado com as armadilhas que tem na internet. Há muita gente que não sabe, ensinando. Fiquem atentos. Procurem conhecer a arte do mundo todo. Não se fixem só no que é feito nos EUA.
Acha que o quadrinho nacional segue alguma linha?
Infelizmente, o Quadrinho Nacional está muito ligado a super-heróis e é por isto que digo, este universo é só mais um, não representa a totalidade dos Quadrinhos.
Você costuma publicar no exterior? Como funciona esse mercado lá fora?
As minhas publicações no exterior são ligadas ao meu trabalho como Editor de Arte ou como freelancer, então sempre trabalho para uma empresa, que geralmente é grande e não tem dificuldade em divulgar. Não faço Quadrinhos para o exterior, pois como já escrevi, não compensa financeiramente, além do que, as exigências transformam o trabalho do artista em um sacerdócio. Isto não é para mim, gosto de ter liberdade no que faço e não aceito ingerência no meu trabalho.
O caminho da HQ nacional passa por? Como evoluir a ponto de se tornar uma potência da HQ?
Não sei responder esta questão, pelo menos enquanto continuarmos colonizados. Não há qualidade ou o que se possa fazer enquanto os estrangeiros dominarem as informações no Brasil.
Tema livre. Fique à vontade para expor suas ideias e compartilhar momentos.
O Brasil foi sempre o país do Carnaval e do futebol. Aos poucos está deixando de ser o país do futebol. O futebol europeu está tomando conta, com ajuda da grande mídia. Não demora as escolas de samba também serão dos estrangeiros. A música, o cinema, os Quadrinhos, já são deles. Não vejo neste contexto, como os Quadrinhos Nacionais possam evoluir e tomar as bancas. Talvez se acontecer uma "revolução” nos Quadrinhos, aos moldes do que aconteceu na Argentina nas décadas de 60 em 70, onde os autores deste país conseguiram se impor e quase expulsar os enlatados neste período. Grandes artistas surgiram por lá.
Alguma questão que gostaria de abordar?
Só uma. Não seja um zumbi da grande mídia. O poder deles de mentir e enganar é muito grande. Se você abrir os olhos e conseguir sair da Matrix vai ver que o Brasil pode ser muito maior e independente. Se assim for, a Cultura brasileira irá se sobrepor e com ela também os Quadrinhos e tudo que faz parte dela.
Entrevista com Sílvio ribeiro
Nome, idade, onde reside, onde nasceu.
Silvio Ribeiro, 56 anos. Nasci e moro em Porto Alegre
Como iniciou sua trajetória com os quadrinhos?
Comecei a rabiscar lá pelos 5 ou 6 anos, mas só fui me interessar por Quadrinhos algum tempo depois, quando tinha 11 ou 12. Enquanto a maioria das pessoas que me cercavam gostavam de Quadrinhos cômicos, como Disney e Mauricio de Souza, eu me interessei primeiro por Zorro, que eram histórias de aventura.
Já editou fanzines? O que mais publicou?
Quando ainda estava na engenharia conheci o fanzine ManyComics, do Élbio Porcellis. Quando ele resolveu parar o zine, eu me juntei a ele e produzimos mais uns 3 ou 4 números. Eu trabalho como Editor de Arte há mais de 23 anos e já fiz muitas publicações e ilustrações, que foram para mais de 100 países, em três línguas. Fora isto, tenho feito meus próprios livros. Em 2005 publiquei o livro "Silvio Ribeiro - Coletânea". Em 2009 desenvolvi um método para fazer ilustrações complexas de forma ágil no Photoshop, usando apenas o mouse. Isto acabou resultando no meu segundo livro, "Arte Digital - Silvio Ribeiro". Depois destas publicações comecei a receber várias sugestões de livros, cada um queria que eu ensinasse alguma coisa e foi aí que resolvi trabalhar durante 5 anos em um livro maior, "Curso Completo de Desenho Artístico", que ficou pronto e publicado em 2014. Fiz mais de 1000 ilustrações para este livro e quando ele terminou fiquei meio órfão, sem saber o que desenhar, então foi aí que tive a ideia de juntar um pessoal e publicar uma revista de Quadrinhos e contos de terror e ficção científica em 2015, "Histórias Fantásticas".
Sobre o que falam os seus desenhos? E trabalho?
Meus trabalhos são muito variados, sempre procurei aprender várias técnicas e meus artistas favoritos pintavam telas de fantasia e faziam quadrinhos e ilustrações com temas medievais, ficção científica, fantasia e terror e acabei indo pelo mesmo caminho. Já fiz alguma coisa de super-heróis, mas não tenho muito interesse neles.
Como lida com o cotidiano e as HQs? Concilia ou só trabalha com ilustrações e HQs?
Como disse, sou Editor de Arte e não faço só Quadrinhos, não vivo deles e nem pretendo, pois, Quadrinhos é uma coisa que paga muito mal, pelo menos em relação ao desenho para publicidade. As ilustrações que faço no meu trabalho são em estilos bem diferentes, mais cômicos e técnicos, então quando posso faço aquilo que realmente gosto, os estilos citados anteriormente. Trabalho 6h por dia, mas fora isto, sempre tem alguma questão particular para resolver, o tempo que sobra divido entre telas a óleo, Quadrinhos e ilustrações avulsas.
Qual (is) parceria (s) mais realizou? Qual valeu mais a pena trabalhar?
Acho que a melhor parceria que fiz foi quando juntei vários artistas nacionais para publicar a revista "Histórias Fantásticas". Sou da engenharia e nesta área de trabalho há muito individualismo, cada um resolve seus problemas, talvez por isto eu goste de trabalhar sozinho. Faço os textos e os desenhos de minhas HQs.
Como se vê no universo de HQ nacional?
Trabalho para agradar uma única pessoa, a mim mesmo e assim é que me vejo fazendo Quadrinhos no Brasil. Sou de uma época em que não havia nem computador e muito menos internet. Tudo era mais difícil, publicar uma HQ era quase impossível. Haviam alguns "desbravadores", que abriam suas editoras hoje e fechavam amanhã. Agora, entretanto, está muito mais fácil publicar uma HQ. O lado positivo disto é que muito artista bom não tinha oportunidade de mostrar seu trabalho. O lado ruim é que qualquer um publica uma HQ atualmente, com ou sem qualidade. Não vou entrar naquela discussão boba e dizer que o Quadrinho nacional não tem qualidade. O problema é que o pessoal aqui é colonizado e isto não tem como negar. Engolem tudo o que vem dos EUA e por outro lado têm um senso crítico exacerbado com a produção nacional. Tem os bons e tem os ruins, o que não dá pra fazer é colocar tudo no mesmo saco. Da mesma forma, o Quadrinho dos EUA produz alguns trabalhos que não valem nem o papel que é impresso e as livrarias estão cheias. Sou mais um dos tantos batalhadores do Quadrinho Nacional, e é assim que me vejo. Algumas vezes digo às pessoas, elas não acreditam, mas eu não tenho interesse de publicar nos EUA. Seria frustrante para mim, desenhar Batman ou Homem-Aranha. Me realizo mais fazendo minhas publicações independentes e de alguma forma, contribuindo para elevar a qualidade do nosso Quadrinho.
Qual o gênero que mais trabalha? Tem alguma preferência?
Nas minhas telas tenho abordado muito os temas medievais, também um pouco nos Quadrinhos, mas o gênero que mais tenho trabalhado são as HQs de terror. Gosto do Quadrinho antigo de terror, da década de 60, e tenho procurado resgatar um pouco delas nos meus trabalhos.
Há alguns anos você e um grupo de artistas publicaram uma revista, a “Histórias Fantásticas”, sobre o que a revista falava? Eram HQs sobre algum tema específico?
A ideia inicial desta revista era fazer algo como Crypta e aquelas revistas de terror antigas. Os temas principais eram terror e ficção científica e como contou com colaboração de vários artistas, as histórias eram bem diversas.
Fiquei sabendo dessa publicação através do Facebook, e logo corri atrás e consegui um exemplar. Essa semana (25 de fevereiro), fiquei sabendo que você está chamando os participantes da primeira edição para uma nova publicação. É verdade? Sobre o que a nova revista irá falar, sobre o mesmo tema?
Os temas são basicamente os mesmos, terror, ficção científica, e acrescentei fantasia. Fiz 300 exemplares da edição anterior da revista e esgotou mais rápido do que eu imaginava. Até hoje algumas pessoas me pedem. Agora vou repetir a dose, mas tive que mudar o nome, pois o anterior já havia sido usado no passado em outra revista. Esta publicação em que eu e os colaboradores estamos trabalhando agora, seguirá o mesmo estilo, como se fosse uma nova edição, entretanto, ela se chamará "Quadrinhos Fantásticos".
Tem alguma previsão para o lançamento?
Se tudo correr como espero, será publicada em julho deste ano. Parece um prazo longo, mas temos que ter em mente, que serão vários artistas, todos com seus próprios compromissos. Além disso, para negociar os preços com a gráfica, quanto mais prazo dermos, melhor será o valor cobrado.
O que o motivou a relançar essa revista?
O que me motivou é simples, eu não consigo ficar parado. Eu gosto muito disto e estou sempre procurando desculpas para desenhar. Quem é entusiasta e trabalha de forma independente vai entender bem o que estou falando. Por isto que num comentário, um dia destes eu disse, todo o pessoal que lida com Quadrinhos nacionais, seja criando ou divulgando, é um guerreiro. Não basta todo o seu esforço e investimento, você ainda tem que estar disposto a aguentar os críticos de plantão. Para ajudar são poucos, mas para criticar...
Espera a mesma receptividade da primeira?
Para esta edição estou pensando em 500 exemplares. A primeira foi excelente, mas esta será épica. Teremos novamente o Shimamoto e também, a participação de uma artista canadense, Louis Paradis, que faz um ótimo trabalho. Sem contar alguns veteranos da primeira edição, como Rom Freire, Henry Jaepelt e Fernanda Reche. Também tem os estreantes Carlos Alberto Oliveira, Clayton Cardoso e o Denílson Reis, que empresta seu personagem para uma HQ minha. Não tem como não ficar otimista.
Já tem algum canal de distribuição?
Cada artista recebe uma certa quantidade de exemplares para distribuir como achar melhor, mas o grosso fica comigo. Facebook e sites relacionados a Quadrinhos são acionados. Os 300 exemplares da primeira edição se esgotaram rapidamente, agora farei mais e talvez demore mais um pouco. Tudo faz parte do processo de ser um editor independente.
Voltando ao seu trabalho, como classifica o seu traço?
Eu sempre persegui o estilo clássico dos grandes artistas como Harold Foster, Alex Raymond, Frank Frazetta, Al Williansom, Wally Wood... Talvez por isto não tenha muito interesse em super-heróis. Este estilo de desenho que vejo hoje, onde aparece até as veias do personagem, como se seu uniforme fosse pintado no próprio corpo, não me agrada e não tenho interesse em fazer.
Tem algum personagem que goste mais? Por que?
O primeiro personagem que me chamou a atenção foi o Zorro. Mas um dia caiu uma revista do Homem-Aranha nas minhas mãos, desenhada por Gil Kane, e aí passei a colecionar as revistas do personagem e a fazer centenas de desenhos com ele. Nesta época, gostava muito do trabalho do John Romita, John Buscema, Jim Mooney e do próprio Gil Kane.
Como vê o universo de quadrinhos e fanzines no Brasil?
Existe muita coisa boa, mas também muita coisa ruim. É como já falei antes, todo mundo consegue fazer sua revista atualmente. Porém, acho um fato positivo que tenham tantas publicações. Muita coisa boa vai continuar e o que é ruim acaba não indo adiante. Aqui eu gostaria de fazer um parêntesis, também dou aulas de desenho artístico e com o advento do Facebook, tenho perdido alunos, pois qualquer um que faz um rabisco vai lá e posta e já se acha um "artista". Isto é uma coisa que eu lamento. O resultado disto é você ver várias publicações e personagens sem condições nenhuma sendo publicados. Outra coisa que eu lamento é a quantidade de "cursos de desenho" que tem por aí, onde o cara aprende não desenho, mas sim rabiscar toscamente super-heróis e já sai se dizendo desenhista e publicando. Sempre exigi muito de mim mesmo e acho que esta é a receita.
O que acha necessário para que esse universo se fortaleça e vença?
O Brasil é um país colonizado e para mudar isto não será fácil. A grande mídia é a maior ferramenta de dominação estrangeira dentro do nosso país e mesmo outras modalidades artísticas, já consagradas, sofrem com isto e as produções estrangeiras tomaram conta. Você entra, por exemplo, em uma grande livraria, a maioria dos livros ou é em língua estrangeira, importados, ou traduções de obras estrangeiras. Para autores nacionais o espaço é pouco. Um autor estrangeiro escreve um livro com mais de 200 páginas, com uma historinha que caberia num livro de bolso, mistura Da Vinci com mais um monte de bobagens e no Brasil vira um Best Seller. Neste contexto, não vejo como os Quadrinhos nacionais saírem do campo dos independentes. Então, o que acho necessário para que os Quadrinhos brasileiros tomem o seu lugar de direito, é que o brasileiro adquira amor próprio e que comece a gostar do Brasil e que valorize a nossa cultura, mas acho que isto só será possível se um dia algo acontecer no nosso país com a capacidade de criar uma nova grande mídia, que seja voltada para os interesses do Brasil.
Você trabalha também com curso de HQs? Como funciona?
Não tenho trabalhado com cursos de HQ por dois motivos principais. Primeiro, porque quero que as pessoas aprendam a desenhar para depois fazerem Quadrinhos. Segundo, porque os grandes artistas, que admiro tanto, nunca fizeram curso de HQ. Harold Foster, por exemplo, que é considerado por muitos, inclusive por mim, como o maior autor de Quadrinhos de todos os tempos, nunca fez curso de HQ. Nem o John Buscema, um artista da Marvel muito admirado até hoje. Este pessoal fazia curso de artes ou desenho comercial e por uma razão qualquer em suas vidas acabavam indo fazer Quadrinhos. Isto não significa que não possa dar aulas de Quadrinhos, mas o aluno vai ter que aprender desenho ou já ter o traço desenvolvido.
Qual (is) trabalho (s) seu (s) mais se destacou? Tem algum preferido?
Nestes 56 anos já fiz tanta coisa... Não saberia dizer qual mais se destacou. Fiz tantos trabalhos para o Brasil e para fora, que muitos nem cheguei a ter retorno. Não tenho nenhum preferido, sou muito crítico com o que faço, o melhor sempre será o próximo. Se tivesse que destacar uma obra minha, seria o meu livro "Curso Completo de Desenho Artístico". Nenhum artista no mundo fez um livro de desenho que abordasse tantos temas.
O que diria a quem está começando?
Aprendam. Estudem. Tenham senso crítico e que tenham muito cuidado com as armadilhas que tem na internet. Há muita gente que não sabe, ensinando. Fiquem atentos. Procurem conhecer a arte do mundo todo. Não se fixem só no que é feito nos EUA.
Acha que o quadrinho nacional segue alguma linha?
Infelizmente, o Quadrinho Nacional está muito ligado a super-heróis e é por isto que digo, este universo é só mais um, não representa a totalidade dos Quadrinhos.
Você costuma publicar no exterior? Como funciona esse mercado lá fora?
As minhas publicações no exterior são ligadas ao meu trabalho como Editor de Arte ou como freelancer, então sempre trabalho para uma empresa, que geralmente é grande e não tem dificuldade em divulgar. Não faço Quadrinhos para o exterior, pois como já escrevi, não compensa financeiramente, além do que, as exigências transformam o trabalho do artista em um sacerdócio. Isto não é para mim, gosto de ter liberdade no que faço e não aceito ingerência no meu trabalho.
O caminho da HQ nacional passa por? Como evoluir a ponto de se tornar uma potência da HQ?
Não sei responder esta questão, pelo menos enquanto continuarmos colonizados. Não há qualidade ou o que se possa fazer enquanto os estrangeiros dominarem as informações no Brasil.
Tema livre. Fique à vontade para expor suas ideias e compartilhar momentos.
O Brasil foi sempre o país do Carnaval e do futebol. Aos poucos está deixando de ser o país do futebol. O futebol europeu está tomando conta, com ajuda da grande mídia. Não demora as escolas de samba também serão dos estrangeiros. A música, o cinema, os Quadrinhos, já são deles. Não vejo neste contexto, como os Quadrinhos Nacionais possam evoluir e tomar as bancas. Talvez se acontecer uma "revolução” nos Quadrinhos, aos moldes do que aconteceu na Argentina nas décadas de 60 em 70, onde os autores deste país conseguiram se impor e quase expulsar os enlatados neste período. Grandes artistas surgiram por lá.
Alguma questão que gostaria de abordar?
Só uma. Não seja um zumbi da grande mídia. O poder deles de mentir e enganar é muito grande. Se você abrir os olhos e conseguir sair da Matrix vai ver que o Brasil pode ser muito maior e independente. Se assim for, a Cultura brasileira irá se sobrepor e com ela também os Quadrinhos e tudo que faz parte dela.
sábado, 21 de julho de 2018
PRÉVIA DO TOMO 1 DE "FORÇA EXTREMA"
PRÉVIA DO TOMO 1 DE FORÇA EXTREMA!
MUITA AVENTURA E QUADRINHOS NACIONAIS, O SEU HERÓI PREFERIDO NA MAIOR UNIÃO DE HERÓIS NACIONAIS JÁ VISTA!!!!
EM BREVE, NO MÚLTIPLO, AS 20 PÁGINAS COMPLETAS DESTE TOMO 1!!! CURTA, DIVULGUE, COMPARTILHE!!!
MUITA AVENTURA E QUADRINHOS NACIONAIS, O SEU HERÓI PREFERIDO NA MAIOR UNIÃO DE HERÓIS NACIONAIS JÁ VISTA!!!!
EM BREVE, NO MÚLTIPLO, AS 20 PÁGINAS COMPLETAS DESTE TOMO 1!!! CURTA, DIVULGUE, COMPARTILHE!!!
Prévia Do TOMO 1 de Força Extrema by André Carim on Scribd
quinta-feira, 19 de julho de 2018
VAMPIRAS - CRIAÇÃO DE ANDRÉ CARIM
ISABELA, VALQUÍRIA, MARCELINE E LARA, 4 VAMPIRAS QUE IRÃO SE JUNTAR A UMA BRUXA DO FUTURO PARA COMBATER UM SER DE FOGO, UMA MALDIÇÃO QUE IRÁ PROVOCAR TERROR NOS TEMPOS ATUAIS, UMA SAGA QUE PROMETE MUDAR O SEU MODO DE VER AS HQs DE VAMPIROS!!!
EM BREVE, NO MÚLTIPLO!!!
ISABELA:
VALQUÍRIA:
MARCELINE, A RAINHA PIRATA VAMPIRA:
LARA, A VAMPIRA AVIADORA:
EM BREVE, NO MÚLTIPLO!!!
ISABELA:
VALQUÍRIA:
MARCELINE, A RAINHA PIRATA VAMPIRA:
LARA, A VAMPIRA AVIADORA:
segunda-feira, 9 de julho de 2018
DOCE JAZZ - MYLLE SILVA
Oi, tudo bem?
Doce Jazz será minha quarta história em quadrinhos. Apesar de longe do sonho primeiro, como era, em 2015, A Samurai, cada nova publicação é um novo coração a bater. Talvez não com a mesma carga emotiva, já que a experiência nos dá maturidade, mas com a vontade do querer existir.
Quando me propus a lançar a campanha da HQ A Samurai, era todo um mundo desconhecido em que estava navegando. Uma aposta alta, bem maior que o meu corpo poderia aguentar. Mesmo assim, eu tinha a certeza de que a história que eu estava contando valia a pena ser publicada.
Temos 38 dias para levantar 80% da meta, corre que ainda dá tempo!
Hoje, três anos depois e com outras duas HQs financiadas e publicadas, entendo que o sonho não se tratava só d'A Samurai. Meu sonho é a estrada da escrita. Vivê-la em todos os seus aspectos, entre idas e vindas, distribuída em sonhos menores, um de cada vez.
Alguns darão certo. Outros talvez tenham que esperar um pouco mais para acontecer. Em uma campanha de financiamento coletivo, quem decide quais projetos valem a pena são os leitores.
Lembro-me que quando a campanha de A Samurai completou 30 dias, apenas 35% havia sido atingida. Tudo parecia perdido. Mas deu certo. O projeto aconteceu. E pode acontecer de novo.
««« Doce Jazz só depende do seu apoio para acontecer »»»
Se você quiser ficar por dentro das novidades do projeto, basta me seguir nas redes sociais.
Facebook /myllesilva
Instagram @myllesilva
Twitter @myllesilva
Site www.asamurai.com.br
Loja myllesilva.minestore.com.br
Juntos soamos mais forte!
Mylle Silva
Doce Jazz será minha quarta história em quadrinhos. Apesar de longe do sonho primeiro, como era, em 2015, A Samurai, cada nova publicação é um novo coração a bater. Talvez não com a mesma carga emotiva, já que a experiência nos dá maturidade, mas com a vontade do querer existir.
Quando me propus a lançar a campanha da HQ A Samurai, era todo um mundo desconhecido em que estava navegando. Uma aposta alta, bem maior que o meu corpo poderia aguentar. Mesmo assim, eu tinha a certeza de que a história que eu estava contando valia a pena ser publicada.
Temos 38 dias para levantar 80% da meta, corre que ainda dá tempo!
Hoje, três anos depois e com outras duas HQs financiadas e publicadas, entendo que o sonho não se tratava só d'A Samurai. Meu sonho é a estrada da escrita. Vivê-la em todos os seus aspectos, entre idas e vindas, distribuída em sonhos menores, um de cada vez.
Alguns darão certo. Outros talvez tenham que esperar um pouco mais para acontecer. Em uma campanha de financiamento coletivo, quem decide quais projetos valem a pena são os leitores.
Lembro-me que quando a campanha de A Samurai completou 30 dias, apenas 35% havia sido atingida. Tudo parecia perdido. Mas deu certo. O projeto aconteceu. E pode acontecer de novo.
««« Doce Jazz só depende do seu apoio para acontecer »»»
Se você quiser ficar por dentro das novidades do projeto, basta me seguir nas redes sociais.
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Juntos soamos mais forte!
Mylle Silva
domingo, 8 de julho de 2018
HQs DA TURMA DO GABI - MOACIR TORRES
HQs da Turma do Gabi no site de financiamento coletivo Kickante
O cartunista e escritor Moacir Torres colocou na plataforma de financiamento coletivo Kickante, uma revista em quadrinhos inédita da Turma do Gabi.
Os que colaborarem na campanha receberão em outubro a revista impressa autografada e a versão digital, bem como os livros infantis da Turminha e o Gibi do Papo Amarelo 02, via correio sem nenhuma despesa.
Roteiros/Layout: Júlio Magah.
Desenho/Arte/Cor: Moacir Torres.
Capa: Nestablo Ramos.
Criada pelo cartunista e escritor Moacir Torres em 1975, a Turma do Gabi circulou nos principais jornais e revistas infantis do País por várias gerações, consolidando sua marca e sendo apontada, até hoje, como a quarta mais conhecida turma dos quadrinhos brasileiros.
Para contribuir com o projeto, basta acessar a página:
https://www.kickante.com.br/campanhas/turma-do-gabi-em-quadrinhos
SERVIÇO:
Turma do Gabi – 2018
Autor: Moacir Torres
VAMOS APOIAR, AMIGOS!!!
O cartunista e escritor Moacir Torres colocou na plataforma de financiamento coletivo Kickante, uma revista em quadrinhos inédita da Turma do Gabi.
Os que colaborarem na campanha receberão em outubro a revista impressa autografada e a versão digital, bem como os livros infantis da Turminha e o Gibi do Papo Amarelo 02, via correio sem nenhuma despesa.
Roteiros/Layout: Júlio Magah.
Desenho/Arte/Cor: Moacir Torres.
Capa: Nestablo Ramos.
Criada pelo cartunista e escritor Moacir Torres em 1975, a Turma do Gabi circulou nos principais jornais e revistas infantis do País por várias gerações, consolidando sua marca e sendo apontada, até hoje, como a quarta mais conhecida turma dos quadrinhos brasileiros.
Para contribuir com o projeto, basta acessar a página:
https://www.kickante.com.br/campanhas/turma-do-gabi-em-quadrinhos
SERVIÇO:
Turma do Gabi – 2018
Autor: Moacir Torres
VAMOS APOIAR, AMIGOS!!!
quinta-feira, 5 de julho de 2018
segunda-feira, 2 de julho de 2018
MÚLTIPLO # 20 - JUNHO/2018
O Múltiplo # 20 está chegando, amigos!! Edição que sai antes do # 19, que está aguardando o TOMO 1 de FORÇA EXTREMA, em breve também estará no ar!!!
Quem quiser adquirir a edição impressa sob demanda em gráfica, o valor é de R$ 38,00 (frete já incluso), capa couché 170 gramas brilho colorida e miolo couché 115 gramas brilho todo colorido!
76 páginas
Clube de Autores - Impresso: www.clubedeautores.com.br/book/258760--MULTIPLO_2
Uma edição imperdível, com uma entrevista super especial com Sílvio Silvio Ribeiro, nos contando um pouco de sua trajetória, trabalhos e projetos! Muita HQs, ilustrações e a estreia de Elinaudo Barbosa com sua coluna falando sobre Quadrinhos de Super Heróis... Também nesta edição, Adriana, a Agente Laranja numa HQ produzida por Hugo Hugo Maximo e uma HQ do "Sete Estrelas", personagem do grande amigo Lancelott Martins... tem muito mais na edição, amigos, aproveitem, leiam e comentem!!!
Quem quiser adquirir a edição impressa sob demanda em gráfica, o valor é de R$ 38,00 (frete já incluso), capa couché 170 gramas brilho colorida e miolo couché 115 gramas brilho todo colorido!
76 páginas
Clube de Autores - Impresso: www.clubedeautores.com.br/book/258760--MULTIPLO_2
Uma edição imperdível, com uma entrevista super especial com Sílvio Silvio Ribeiro, nos contando um pouco de sua trajetória, trabalhos e projetos! Muita HQs, ilustrações e a estreia de Elinaudo Barbosa com sua coluna falando sobre Quadrinhos de Super Heróis... Também nesta edição, Adriana, a Agente Laranja numa HQ produzida por Hugo Hugo Maximo e uma HQ do "Sete Estrelas", personagem do grande amigo Lancelott Martins... tem muito mais na edição, amigos, aproveitem, leiam e comentem!!!
Múltiplo 20 by André Carim on Scribd
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